
Morte de rainha de bateria pode ser latrocínio, diz delegado. Foto: Arquivo Pessoal / Facebook / Reprodução / CP
A morte da rainha de bateria da escola de samba Imperatriz Dona Leopoldina, Paola Serpa Severo, de 34 anos, campeã da última edição do Carnaval de Porto Alegre, é investigada pela 2ª Delegacia de Polícia Civil (DP) de Cachoeirinha. O titular da DP, delegado Newton Martins de Souza, afirmou nesta sexta-feira que trabalha inicialmente com a hipótese de latrocínio, mas não descarta a possibilidade de execução. Ele ainda disse que um homem com pés descalços foi visto correndo com arma em punho logo depois do assassinato na rua Obedy Cândido Vieira. Conforme o delegado Newton, a Polícia Civil agora busca câmeras de monitoramento para obter novas informações sobre o caso.
“O crime foi cometido em frente a um condomínio fechado. As câmeras do circuito interno podem servir para a investigação. Faremos uma análise do material para ver se isso pode ser aproveitado. Além disso, existe uma câmera da prefeitura e um controlador de velocidade, que pode nos fornecer a placa do carro usado na fuga dos bandidos”, frisou o delegado. A Polícia Civil deve ouvir, nos próximos dias, depoimentos de testemunhas e familiares da vítima.
“Não estamos fechados em apenas uma hipótese. Em princípio, estamos trabalhando com latrocínio (roubo seguido de morte), embora nada tenha sido levado. Ela foi encontrada caída e estaria mexendo no celular no momento do crime. Os documentos estavam com ela. Estamos colhendo todo o tipo de prova que pode mudar o rumo das investigações”, explicou Souza em entrevista ao Correio do Povo.
O delegado informou ainda que, no momento do assassinato, Paola aguardava a filha de seis anos, que tinha aulas particulares em um condomínio localizado na rua. Testemunhas relataram a Newton Souza que um homem foi visto correndo de pés descalços e com uma arma pouco depois do crime. “A filha dela estava tendo aula de reforço. Conversamos com pessoas que viram e sabemos desse homem, que entrou num carro, ainda não identificado, e fugiu. Ainda não sabemos quantos tiros foram disparados e por isso vamos esperar o parecer do legista”, acrescentou. Conforme a Polícia Civil, a passista não tinha antecedentes criminais.